di Domenico Condito

È sepolto nel cemitério dos Prazeres a Lisbona.
(PER GENERI)
Opere Sinfoniche |

Opere Sinfoniche |
Dobbiamo queste nota alla cortese collaborazione dell’amico Carlos Morais dos Santos, professore ed editore del Blog-Revista "Culturas e Afetos Lusófonos”, gemellato con l’Associazione Culturale Luís de Camões:
http://culturaseafectoslusofonos.blogspot.com/2011/03/universidades-de-lisboa-e-porto.html
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Universidades de Lisboa e Porto celebram centenários
Exposições de arte e fotografia, conferências e inaugurações marcam as comemorações, este ano, do centenário das universidades do Porto e de Lisboa.
Uma diversificada programação cultural asssinala, em Portugal, a chegada aos 100 anos de duas de suas mais importantes instituições, as Universidades de Lisboa e Porto, ambas criadas por decretos-lei em 22 de março de 1911.
No Porto, a celebração do centenário começou com uma sessão solene em que o ensaista Eduardo Lourenço falou sobre "Portugal e seus desafios". Estiveram presentes o Presidente da República, Cavaco Silva, e o ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Mariano Gago.
Na Universidade de Lisboa, uma exposição de fotografias, “100 Imagens da Univer(c)idade. Lisboa e a sua Universidade em fotografias do Arquivo Histórico Municipal”, contextualiza "a vida da universidade no seu tempo", segundo José Pedro Sousa Dias, director da comissão executiva das comemorações do centenário da instituição.
Neste ano de centenário, a Universidade do Porto vai fazer uma importante inauguração dos novos edifícios da Faculdade de Medicina, do Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar e da Faculdade de Farmácia. Mas, sobretudo, vai aproveitar para reflectir sobre "o espaço de afirmação da Universidade na sociedade". António Marques, vice-reitor da Universidade do Porto, lembra que "quando falamos do futuro, este não pode deixar de ser considerado à luz dos desafios" que se colocam, actualmente, à Academia.
A Universidade de Lisboa organizou ainda "100 Lições", dadas por 100 antigos alunos da universidade. António Feijó, coordenador deste projecto, explica que o convite se dirigiu a um conjunto "muito grande" de personalidades, para "que viessem falar da sua carreira ou da sua experiência enquanto alunos da universidade".
O resultado foi juntar gente muito diferente, "desde o Fernando Ribeiro, dos Moonspell, à actual ministra da Educação, Isabel Alçada, desde a música popular, com JP Simões, aos professores Adriano Moreira e Braga de Macedo, ou à arte portuguesa com Pedro Portugal e Pedro Proença".
Do caro amigo e professor Carlos Morais dos Santos, editor do Blog-Revista "Culturas e Afetos Lusófonos”, geminado com a Associazione Culturale Luís de Camões, recebemos a matéria referente ao centenário das universidades do Porto e de Lisboa:
http://culturaseafectoslusofonos.blogspot.com/2011/03/universidades-de-lisboa-e-porto.html
Breve sunto della conferenza tenuta dalla Prof.ssa Benedetta Crivelli, lo scorso 22 marzo, presso l’Universidade Nova de Lisboa.
Nella stanza di un antico castello, oltre il tempo e lo spazio, tre fanciulle biancovestite vegliano un’amica morta. Quattro fioche candele e un vago chiarore di luna illuminano i loro volti. Fioche sono anche le loro voci, le parole che pronunciano per credersi o fingersi reali, i racconti e le storie del loro passato e delle vite che potrebbero non avere mai avuto, dei luoghi e dei ricordi lontani che forse sono sogni, forse desideri, forse non sono nulla. Non si muovono: perché ogni gesto dissolve un sogno… Timorose del silenzio e del giorno che sta per sorgere, le Vegliatrici evocano luoghi sognati e immaginati: alberi, rocce, torrenti che scorrono, monti, e l’isola in cui viveva un marinaio, da molto tempo lì naufragato, che a sua volta sognava e costruiva in sogno una nuova patria, nuove strade, nuovi paesaggi e nuova gente, e le vite passate degli abitanti di questa terra immaginaria, e le loro conversazioni, e il loro modo di passeggiare e di affacciarsi alle finestre. Ma un giorno il marinaio scomparve, forse tornò al suo paese, ma quale? E come lui si dissolvono le tre fanciulle, al canto di un gallo. Così, nella luce bianca dell’alba e nel silenzio, si conclude questo dramma d’immobilità, di sospensione, di voci tremule. E il lettore rimane confuso, abbacinato, si chiede anche lui se abbia sognato o spiato un sogno altrui, ma allora chi sognava chi? Rimane il brivido per una storia che è quasi di fantasmi, di paura, orrore, abisso, gelo, morte; ipotesi, domande, possibilità: un dramma irreale fatto di cose affermate e sconfessate, dissolte; un lessico al negativo e fortemente nasale, e quel não che ricorre incessantemente, e i punti di sospensione. Scrive Tabucchi nella nota alla traduzione che Il marinaio è un dramma scritto al congiuntivo: sfrutta cioè tutte le ricchezze che la lingua portoghese, fortemente congiuntivale, può offrire; e mentre si giustifica per quelle sfumature di significato che in traduzione forzatamente si perdono, suggerisce che sia proprio l’iper-letterarietà di questa lingua superba, elegante e irreale a conferire a questo dramma simbolista il fascino strano che esercita. Composto di getto in una notte del 1913 e pubblicato nel 1915, Il marinaio è un dramma ambiguo e seducente sugli incerti confini tra verità e finzione, sogno e realtà, vita e morte; un discorso sull’arte intorno a un cadavere in bianco.
Num quarto dum castelo antigo, além do tempo e do espaço, três donzelas de branco velam uma amiga morta. Quatro velas fracas e um resto vago de luar iluminam os seus rostos. Também fracas são suas vozes, as palavras que elas pronunciam para crer em si, fingir-se real, os contos e as histórias do seu passado e das vidas que elas não tivessem tido, das lugares e das memorias longes que talvez são sonhos, talvez desejos, talvez não são nenhuma coisa. Não se movem: porque cada gesto interrompe um sonho… Temorosas do silêncio e do dia que vai nascer, as donzelas evocam lugares sonhados e imaginados: árvores, rochas, rios que fluem, e a ilha onde vivia um marinheiro, desde à muito tempo ali naufragado, que também sonhava e construía em sonho uma nova pátria, novas estradas, novas paisagens e nova gente, e as vidas passadas das habitantes desta terra imaginária, e as suas conversas, e a maneira de passear e de se debruçarem das janelas. Mas um dia o marinheiro desapareceu, talvez regrediu à sua pátria, mas a qual? E como ele, assim, as três donzelas dissolvem-se, ao cantar dum galo. Assim, na luz branca da alvorada e no silêncio, conclui-se esse drama de imobilidade, de suspenção, de vozes trêmulas. E o leitor fica confuso, deslumbrado, pergunta a si se ele também tinha sonhado ou espiado um sonho de outros, mas então quem sonhava quem? Há só o arrepio para uma história quase de fantasmas, medo, horror, abismo, gelo, morte; hipóteses, perguntas, possibilidades: um drama irreal feito de coisas afirmadas e negadas; um léxico ao negativo e fortemente nasal, e aquele não que volta em continuação, e os pontos da suspensão. Escreve Tabucchi na nota de tradução que O marinheiro é um drama escrito ao conjuntivo: isto é, explora todas as riquezas que a língua portuguesa, fortemente conjuntival, pode oferecer; e enquanto se justifica por essas tonalidades de significado que imperativamente são perdidas na tradução, sugere que seja próprio a hiper-literariedade dessa língua soberba, elegante e irreal a dar a esse drama simbolista o fascínio estranho que exercita. Composto numa só noite do 1913 e publicado no 1915, O marinheiro é um drama ambíguo e encantador sobre as ténuas fronteiras entre verdade e fingimento, sonho e realidade, vida e morte; um discurso sobre a arte à volta de um cadáver em branco.
Torna all’Auditorium Parco della Musica una delle migliori interpreti di fado, che ha al suo attivo più di un milione di dischi venduti nel mondo. Marisa dos Reis Nunes, conosciuta come Mariza, presenterà il suo nuovo lavoro discografico “FADO TRADICIONAL” (disco di Platino in Portogallo), una raccolta delle più belle melodie portoghesi, già cantate più e più volte dai più influenti maestri del genere. Mariza è tornata alle sue radici abbracciando senza riserve le origini di questo affascinante stile musicale e celebrando gli standard melodici che sono stati tramandati nel tempo. È presto detto che nessun interprete di Fado può definirsi tale finchè non ha affrontato questi classici e non li ha resi propri. Con questa sfida in mente Mariza ci propone “Fado Tradicional”, una raccolta delle più belle melodie portoghesi, superando con successo il test, com’è giusto per una cantante che è cresciuta avvolta nelle melodie del Fado fin dalla sua infanzia nei sobborghi di Lisbona, e che ne custodisce le emozioni fin da allora.Mariza può anche aver viaggiato per il mondo in lungo e in largo negli ultimi dieci anni, ma nel cuore lei resta la stessa ragazza di Lisbona, e ascoltarla cantare oggi i classici della sua terra fa pensare a quanto sia cresciuta professionalmente, senza però perdere la sua identità unica.Questo album non rappresenta un passo indietro, è invece l’ennesima dimostrazione di quanto si abbia bisogno di sapere da dove si arriva per comprendere dove si sta andando.Mariza nasce in Mozambico quando il paese africano era ancora una colonia del Portogallo. Figlia di madre mozambicana e padre portoghese, la sua famiglia si trasferì a Lisbona, in Portogallo, quando aveva solo tre anni di età, nel quartiere della Mouraria, dove conobbe il Fado. Ancora adolescente e prima di diventare una fadista si avvicinò a diversi generi musicali, come il gospel, il soul e il jazz. Fin dagli esordi della sua carriera, Mariza è stata paragonata ad Amalia Rodrigues. Il suo album d'esordio, "Fado em Mim" del 2001 fu un successo istantaneo in Portogallo, con oltre 30.000 copie vendute, e motivò il suo lancio da parte della casa discografica sui mercati internazionali - approfittando anche del buon momento che la musica portoghese stava vivendo in territorio europeo e in altri Paesi, come Messico e Giappone. Già a partire dal suo secondo album, Fado Curvo del 2003, Mariza è considerata una delle voci più belle di quello che alcuni chiamano il nuovo movimento del fado. Le sue interpretazioni appassionate e la sua voce, che ricorda le grandi dive del genere musicale, le hanno fatto guadagnare in poco tempo il riconoscimento internazionale e alcuni importanti premi musicali, come quello di Miglior Artista di World Music, assegnatole dalla BBC di Londra nel 2003. Dopo “Fado Curvo” pubblica il dvd “Mariza Live in London” nel 2004, l’album “Transparente” nel 2005, “Concerto em Lisboa” nel 2006 e l’ultimo “Terra” nel 2008.
La Sociedade viene fondata nel 1861 a Lisbona, per iniziativa dell’imprenditore lisboeta Feliciano da Moura. Raccoglie intorno a sé, sin dall’inizio, l’adesione di notissimi politici e letterati, tra i quali giova annoverare il noto storico e scrittore Alexandre Herculano.
Il momento storico che stava vivendo il Portogallo si caratterizzava per una offensiva diplomatica, economica e propagandistica da parte del Regno di Spagna in vista di un assorbimento del regno lusitano in una più grande monarchia iberica. La Spagna castigliana, sia per un mai sopito senso di superiorità nei confronti degli altri popoli iberici, sia per una forma di compensazione coloniale per gli immensi territori perduti nell’America Latina, vedeva con cupidigia la possibilità di mettere le mani sugli ancora estesi possedimenti portoghesi in Africa.
Sia il monarca portoghese dell’epoca, sia l’intera società lusitana seppero resistere alle argomentazioni castigliane e proclamarono la loro ferrea volontà di respingere qualsiasi tentativo egemone della Spagna.
Organizzatisi così in Associazione, i promotori ed i numerosi seguaci decisero di commemorare ogni anno i fausti eventi della riconquista dell’indipendenza dalla Spagna, avvenuti nel dicembre del 1640 (la Restauração), come monito per le future generazioni a preservare quale valore supremo l’indipendenza del Portogallo, raggiunta dopo una corale Restaurazione rivoluzionaria e una susseguente guerra contro i Tercios spagnoli durata oltre 27 anni.
La sede della SHIP è ancor oggi nel Palácio da Independência, edificio del Cinquecento molto noto nel centro di Lisbona, facilmente riconoscibile per il suo colore rosso vivo. In tale Palazzo si verificarono episodi della Restauração, ancor oggi sottolineati da splendidi pannelli ceramici antichi e da ricostruzioni statiche nei luoghi degli accadimenti.
L’attuale SHIP, oltre a mantenere vivo il sentimento nazionale in Portogallo, in un’epoca in cui la penetrazione economica spagnola è sempre più pressante (reso evidente dalle recenti vicende delle tentate scalate della Telefònica spagnola nei confronti delle controllate della TMN portoghese), conduce anche una brillante politica di diffusione culturale della lingua e cultura portoghese, oltre a tutta una serie di pubblicazioni, presentazioni di volumi, discussioni pubbliche, attività sportive. Fanno attualmente parte della SHIP la parte più viva e significativa della società portoghese, ed annovera tra i suoi soci ministri, diplomatici, professori, alte cariche militari, noti imprenditori, governatori civili e personalità della cultura. Suo attuale Presidente è il Prof. Jorge Hagedorn Rangel, ultimo amministratore civile di Macau, colonia portoghese fino al 1999, interessante figura luso-cinese che testimonia, proprio con il suo vissuto di doppia appartenenza etnica asiatica ed europea, quella straordinaria epopea che fu l’epoca delle Scoperte geografiche inaugurate dai Portoghesi del Cinquecento.
Azulejos nel Palácio da Independência di Lisbona
Nello scorso mese di luglio è stata formalizzata la creazione della prima sezione italiana della SHIP, che vede premiato il Piemonte, la Liguria e la Val d’Aosta quali prime regioni privilegiate dalla scelta del sodalizio portoghese. Come suo presidente-delegato nell’area piemontese e ligure è stato scelto il Prof. Adv. Mario Chiapetto (nella foto), laureato in Diritto a Torino, Barcelona e Coimbra in Portogallo, e in Scienze Politiche a Torino e Lisbona, oltre che avvocato in Spagna ed abilitato in Italia. Studioso di tutto ciò che riguarda la lusitanità, il Prof. Chiapetto ha raccolto una ragguardevole collezione di volumi di interesse portoghese, oltre ad una raccolta di ceramiche locali, i famosi azulejos. Quale primo intervento pubblico sul suolo piemontese il Prof. Chiapetto si è offerto di proporre al pubblico torinese un ciclo di lezioni-conferenze incentrate sulla storia portoghese, privilegiando argomenti poco noti. Il nostro relatore si è altresì offerto ad accompagnare gli eventuali interessati in un viaggio in Lisbona, ove apparirà come momento qualificante (oltreché altrimenti pressoché impossibile) la visita al prestigioso ed antico Palazzo dell’Indipendenza, sede della nostra Sociedade.
1.º Ciclo de Conferências: “Relações luso-italianas nos séculos XV-XVIII: balanço e novas linhas de investigação no âmbito da celebração dos 150 anos da União de Itália”
Projecto desenvolvido no âmbito da colaboração entre Ambasciata d’Italia a Lisbona, Instituto Italiano de Cultura de Lisboa, Sociedade de Geografia de Lisboa, Centro de História de Além-Mar, Centro Ciêntífico e Cultural de Macau, I.P.
Janeiro a Dezembro de 2011Em 1998 a saudosa Professora Carmen M. Radulet organizou, no Instituto Italiano de Cultura de Lisboa, um colóquio internacional sobre as relações lusoitalianas e sobre a presença italiana em Portugal nos séculos XV-XVIII. Os contributos, ao aprofundar aspectos peculiares da actividade económica da comunidade italiana em Lisboa, proporcionaram aspectos inéditos das relações comerciais e culturais luso-italianas.
A partir de então, novos estudos se debruçaram sobre esta temática avançando consideravelmente no conhecimento da actuação desta comunidade em Portugal, permitindo ampliar o quadro da realidade estrutural portuguesa e contribuindo para uma visão mais completa da história nacional. No intuito de efectuar um balanço das recentes investigações e, simultaneamente, abrir novas pistas interpretativas e de abordagem, estes encontros irão percepcionar a natureza da comunidade italiana em Lisboa e de que modo as redes económicas tecidas corporatizavam os contactos culturais.
Ao traçar a evolução do percurso italiano em Portugal nestes séculos, serão detectadas mudanças e persistências através do acompanhamento de histórias familiares bem como da análise do trajecto económico, social e cultural, da sua actuação em rede com múltiplas ligações que se estendiam até aos espaços ultramarinos.
Com vista às celebrações dos 150 anos da Unidade de Itália em 2011, é interessante salientar que a existência de uma Nação Italiana em Portugal, isenta dos pátrios conflitos e confrontos, prefigura o que viria a ser muitos anos depois a Itália unida.
(Imagem: Capela de São João Baptista - Igreja de São Roque, Lisboa - Copyright © Laura Za)
Com Ivo Garrani e Mariano Rigillo. O filme relata o acontecimento histórico do massacre de Bronte aquando da chegada de Garibaldi à Sicília, em 1860. Na tentativa de restabelecer a ordem, Garibaldi envia o general Nino Bixio que aplica sanções económicas e constitui um tribunal de guerra, julgando e condenando cerca de 150 pessoas. Sucessivamente verificar-se-á a inocência de muitos dos condenados entre os quais o advogado Nicola Lombardo.